Criar um Site Grátis Fantástico

Rating: 1.4/5 (30 votos)


Garotos antes flores

Garotos antes flores

Garotos antes flores by Anna Charmont
Beta: Biah Souza

Capítulos: [1]

 

1. Flowers Four

Encarei o prédio a minha frente incentivando-me a entrar antes que algo pudesse me acontecer. Tenho tentado pensar por varias vezes e ate me convencer de que posso continuar aqui por mais dois anos, esses que se passaram tão rápido quanto os dias.

Dois anos, dois longos anos essa é a verdade.

Terei de acordar todos os dias preparando minha mente para as próximas horas e dizer para mim mesmo que tudo isso é normal, são apenas ricos sem nada interessante além de seus joguinhos de humilhações. Isso não é, e nunca será normal para qualquer pessoa com seu juízo perfeito, não foi isso que meus pais ensinaram ''fechar os olhos para a injustiça'', mas em minha posição aqui sou egoísta ao dizer que pretendo continuar invisível ate concluir os anos que faltam e não ser o próximo alvo, tem sido minha meta todos os dias.

Estudar em Shinhwa deveria ser uma honra – assim pensam todos que não conhecem o que há dentro e não sabe o que se passa depois dos portões –, afinal é a melhor escola do país onde os pais de seus alunos tem altas quantias em contas bancarias, roupas de grife, bolsas, joias entres outras coisas de marcas famosas e caríssimas são exibidas em qualquer parte da escola que caminhar, todos podem gastar e comprar o que desejar, afinal são ricos.

Se perguntarem o que faço ali, não saberia por onde começar, porem posso dizer que sou apenas mais uma personagem que vaga pelos corredores como um fantasma impossível de ser visto a menos que queira.

— Aonde vai com tanta pressa, estrangeira? – ouvi a voz irritante da garota a qual rotulei como ''idiota''.

Seu nome era Choi Jin Hee ou como era conhecida por todos Ginger, nunca andava sozinha sempre estava acompanhada por mais duas meninas Sunny e Miranda obviamente esses não eram seus nomes verdadeiros, mas quem se importa, as três formavam o trio Jin Sun Mi — as três patetas nomeado por mim —, Ginger e suas amiguinhas pareciam clones asiáticos da Barbie, um detalhe, odeio a Barbie.

As ignorei junto com suas piadinhas desagradáveis as quais não tinham a mínima graça, sua intenção desde que comecei a estudar aqui fora sempre me humilhar, me pôr para baixo infelizmente para elas nunca obtiveram sucesso com relação a isso, embora acredite que eu faria isso melhor que elas, porem não sou a favor desse tipo de coisa. Desejo sinceramente que elas não fossem capazes de me ver e assim essa fantasminha não fosse vista por mais ninguém ate pode dizer "Não preciso mais ir a Shinhwa".

Antes que pudesse subir as escadas uma gritaria irritante começou pela escola, deveria esta acostumada com tal coisa. Tem sido assim todos os dias, mas passa ser algo que é difícil ignora, por que meus ouvidos doem o suficiente para pensa "O que diabos esses alunos tem?".

— F4! – gritavam feitos loucos.

Rolei os olhos subindo as escadas e tentando desviar de algumas garotas que praticamente babava paralisadas.

— Patético. – sussurrei para mim mesmo.

Flower Four ou F4 era um grupo de quatro garotos — gangue, como costumo chamar — os mais ricos de toda a escola, eles possuíam certo poder sobre todos os estudardes e quem não os obedecem ou fizer algo para algum deles sofreriam humilhações horríveis, pode crer que não necessitava muito para entrar na lista negra deles bastava apenas os olhar estranho e você já estava automaticamente encrencado.

— Ela vai mesmo fazer isso? – comentou um garoto a minha frente incrédulo.

— Que idiota. – disse a menina ao seu lado dando uma risadinha.

Virei olhando para atrás disposta a saber quem seria a ''próxima vitima do F4''.

Era Ho Ha Ni do 1 ano A, tudo que sabia ao seu respeito era que sua mãe é uma grande estilista e as duas costumava sair em varias capas de revistas e nada mais que isso. Senti medo por Ho Ha Ni, sabia que não acabaria bem para ela.

Ela segurava um bolo em frente ao líder do F4, talvez ela tenha escolhido uma péssima hora para sofrer algum tipo de humilhação. Pensei no que ele poderia fazer aquela garota e sinceramente torci pelo o mais obvio.

Goo Jun Pyo jogou o bolo no rosto da pobre menina depois de encara-la por alguns instantes.

— Previsível.

Voltei a fazer meu percurso aliviado por ter feito apenas isto com ela quando sabia que ele poderia fazer algo pior. Não sou alguém mal, não sinto bem vendo isso, ser humilhada de tal forma deve ter causando feridas em Ho Ha Ni por que dentro dela pode haver algum sentimento por aquele mimado, mas por que ela faz tal coisa na frente de todos? Isso já deveria ser esperado por ela.

Goo Jun Pyo era o líder do F4 dizem que é o mais rico dos quatro — o que não duvido já sua família era dona da escola —, ele me parecia ser o mais excêntrico ao jugar por suas roupas não mentirei ao dizer que elas ficam muito bem nele embora sua arrogância e falta de educação com qualquer um, menos com seus amigos do F4, transformava sua boa aparência em alguém ''feio'', So Yi Jung era o mais mulherengo do grupo, ate onde sei sua família é dona do maior museu de arte do país, Song Woo Bin, dele não tenho ouvindo muito além de que sua família era dona de uma grande empresa de construção e que tem conexões importantes com uma grande máfia. E por ultimo não menos importante Yoon Ji Hoo neto do ex-presidente da Coreia do Sul, o garoto que sempre veste roupas claras ou brancas e que possuir tamanha beleza que deixava-me paralisada quando o via, talvez por ser tao calado e exalar um ar de mistério ele conseguia me deixar encantada, mas isso não significa que meu coração o pertencer, nunca será de nenhum deles além de mim mesma.

— Lee Min Ha do 3º B recebeu o cartão vermelho! – gritava um estudante pelos os corredores.

Isso causou um alvoroço nas classes e estudantes abandonaram seus lugares e conversinhas paralelas às pressas dispostos a ver quem era o tal garoto e a fazer de hoje o seu pior dia.

Respirei fundo levantando de minha carteira.

— O inferno vai começa. – resmunguei num sussurro de decepção.

De toda a escola so havia um lugar onde me sentia segura e sabia que não poderia me envolver em numa confusão por ali, as escadas de emergência esse era meu esconderijo. Bem obvio, não é? Com tanta movimentação na escola nem se quisessem iriam ali por que há coisas bem mais ''interessantes'' a se fazer talvez em caso de incêndio ou algo do tipo poderiam usar aquelas escadas.

— F4 seus idiotas, estúpidos! – praticamente gritei furiosa.

Sentia tanta raiva que poderia explodir e essa era minha válvula de emergência para aliviar meu estresse, gritar onde ninguém pudesse me ouvir.

— Que idioma é esse? – ouvi uma voz calma a qual me assustou de leve.

— O q-que? – o olhei assustada.

— O idioma que você acabou de falar. Qual é? – quis saber ele se aproximando tranquilamente.

— P-portu-gues. Português. – as palavras quase não saíram.

— Português. – repetiu ele com sua pronuncia extremamente fofa.

Minhas penas tremiam e meu coração estava a mil. Eu estava em pânico por dentro e devia aparentar esta o mais normal possível embora minha voz fosse minha maior rival naquele momento, porque ela me delatava com tamanha facilidade que assustava-me.

— O-o que fa-az aqui? –quis saber sem coragem de olha-lo.

— Gosto de dormi aqui é silencioso, mas você é muito barulhenta. – comentou Yoon Ji Hoo me olhando.

— Oh, me desculpe. – baixei a cabeça temendo o que me aconteceria.

— O que você disse? – quis saber ele.

— O que? – o olhei confusa.

— O que disse em português? – ele se inclinou para olhar em meu rosto.

Seu movimento assustou-me de leve me deixando corada.

— Eu... Eu disse...

"Oh, meu Deus! O que devo fazer?" — perguntava-me desesperada imaginado que essa seria uma boa hora para começar a mentir.

Yoon Ji Hoo me olhou como se pedisse para que continuasse.

— F4 seus idiotas estúpidos. – disse de uma vez e baixei a cabeça envergonhada e apavorada.

— Interessante esse idioma. Preciso saber mais sobre Português. – disse ele tranquilamente e aparentando interesse.

O olhei com um nó em minha mente sem entender sua reação e o vi subindo as escadas falando algo sobre meu idioma.

— Ei. – Yoon Ji Hoo me chamou ao parar e me olhar — Voce poderia ter mentido.

Seu sorrisinho deixou-me ainda mais confusa e ao mesmo tempo me fez pensar que dias ''calmos'' para mim não existiram mais e que talvez amanha comece o meu inferno.

— O que devo fazer? – questionava-me nervosa andando de um lado para o outro — A essa hora já devem ter colocado um cartão vermelho no meu armário.

— Como podem? – parei respirando fundo algumas vezes sentindo uma pontada no peito — Calma, calma, não pense demais.

Não havia como pensar positivo nessa situação, jamais o F4 deixaria isso passar impune estudantes foram ''punidos'' por algo menos que isso e ate coisas tolas.

Caminhava de volta para minha classe com minha mente pesada e temendo o que acharia em meu armário.

Uma garota esbarrou em mim, com a força do impacto acabei caindo. — Voce esta bem? – quis saber ela preocupada.

— Sim. – levantei e a olhei — Foi minha culpa, sinto muito.

— Não, eu estava distraída. – disse ela sorrindo timidamente.

— Tudo bem, estava distraída também. – a olhei novamente — Desculpa, eu vou indo.

— Voce é do 1ºC, não é? – quis saber ela me fazendo parar.

— Sim. – me virei a olhando preocupada, talvez todos já estivessem armando para mim.

Ela se aproximou sorrindo simpática.

— Sou Oh Min Ji, prazer em conhece-la. – disse ela sorrindo.

— Oh, sou  Jung, prazer. – sorri amarelo — Como saber de que sala sou?

— Te vi entrar la algumas vezes. – disse ela me olhando simpática — Você é de qual país?

— Coreia. – disse enquanto caminhávamos.

— Serio? – Oh Min Ji ficou surpresa — Você parece ocidental. Seus pais são coreanos?

— Meu pai, minha mãe é Brasileira. – a olhei — Morei aqui ate os 5 anos.

— E so agora voltou? – quis saber ela curiosa.

— Sim. – me limitei.

— Como é ter uma mãe estrangeira? – quis saber ela me olhando com um sorriso animado no rosto.

— É bom. – me limitei e olhei a hora em meu relógio de pulso – Desculpe, preciso ir para a classe.

— Ok, va. – ela sorriu.

Seu interesse na vida de meus pais me incomodava isso era algo que dizia respeito apenas a minha família e ninguém mais. Oh Min Ji pareceu ser uma garota estranha e ao seu respeito sei apenas seu nome e nada mais que isso, talvez deva esta apenas assustada por alguém ter vindo falar comigo depois de todo esse tempo que estudo nessa escola, alguém gentil.

Era algo quase ou totalmente impossível se fazer um amigo em Shinhwa, um que não a ridicularizasse, fingisse não a conhecer ou estar ao seu lado apenas quando convêm ser necessário, todos tinham seus interesses e os meus não eram os mesmos nem se comparava, porque não tínhamos o mesmo tipo de mente. Restava-me a solidão dos dias em que almoçava sozinha, ouvia as mesmas piadinhas, caminhava só e tolerava as ''gracinhas do trio das patetas'', para mim Shinhwa era um treinamento para o inferno que começava quando se recebia seu primeiro e ultimo cartão vermelho.

— Vamos almoçar juntos. – pediu um garoto para Oh Min Ji a frente de minha mesa.

— Não, venha para minha mesa. –disse outro.

A vi encurralada por três garotos que falavam ao mesmo tempo e a deixavam desesperada.

Suspirei já me arrependo do que faria.

— Oh Min Ji. – a chamei — Sente aqui comigo.

— Oh, . Obrigada. – disse ela sorrindo ao pronunciar meu nome errado.

— Me chame apenas de . – pedi — Assim será melhor.

— Oh, . – ela sorriu animada — Somos amigas, me chame de Min Ji.

A olhei sorrindo amarelo me perguntando de onde ela tirou que somos amigas e o por quê de ainda pronunciar meu nome errado.

— F4! – gritaram e uma bagunça começou no refeitório.

é o F4. – comentou Min Ji sorrindo timidamente.

— Notei. – não mostrei o mínimo interesse e continuei comendo.

— Você não gosta deles, ? – quis saber ela me olhando.

— E faz diferença minha resposta? – respondi tranquilamente.

Alguém bateu em minha cadeira fazendo-me quase enfiar os Hashis em minha garganta e me engasgar. Levantei tossindo quase sem consegui respirar.

Passei meu olhar pelo refeitório notando que todos me olhavam inclusive o F4.

— M-me desculpa. – disse quase sem consegui respirar me apoiando na mesa.

Goo Jun Pyo me encarou estranhamente e subiu as escadas junto com os outros para a área VIP.

— Você esta bem? – Oh Min Ji se aproximou preocupada.

— Sim, obrigada. – respirei fundo. Arrumei minha lancheira de qualquer jeito.

— Não vai terminar seu almoço? – quis saber ela me olhando confusa.

— Depois de quase morrer? – a encarei — Melhor não.

Passei por ela ignorando qualquer pergunta sua.

Oh Min Ji não era diferente de todos para descobrir isso não seria preciso quase morrer engasgada era algo que já sabia desde o principio, mas desejava que de fato ela fosse diferente deles.

Parei no corredor buscando controlar minhas emoções e livra-me da mais perigosa delas, a raiva.

— Calma... 1... 2...3. – dizia para mim mesmo encostada a parede — 1, 2, 3...

Contar me mantinha calma desde muito tempo quando descobrir que isso era como um remédio para minhas emoções, contar ate 3 calmamente e as vezes ate 10.

Voltei à caminha sentindo pontadas no peito que a cada passo tonavam-se mais forte me deixando agoniada, embora já estivesse acostumada com esse tipo de coisa não deixa de ser doloroso.

— Preciso ir à enfermaria. – dizia como se tentasse me convencer ou encoraja-me a dá mais alguns passos.

Consegui chegar ate minha classe que a esse ponto estava mais próxima que a enfermaria. Procurei por minha carteira e sentei ainda tentando suportar a dor.

Meu celular começou a tocar me assustando.

— Alo? – atendi enquanto me debruçava sobre minha mesa.

— Boa noite minha flor de lótus. – ouvi a voz risonha de papai.

— Pa-pai!? – disse surpresa.

— Esta surpresa. – disse ele rindo — Como você esta?

— Bem... – para mentir é necessário travar uma batalha dentro de mim para conseguir ser convincente.

— Esta bem, mesmo? – quis saber ele preocupado — Conheço essa voz. Esta sentindo dor?

— N-não. – tentei negar preocupada com ele.

— Mandarei Soo Ji ir busca-la agora mesmo. Não se preocupe, querida. – disse papai preocupado — Mantenha a calma e aguente firme, me diz onde você esta?

— Na escola, classe do 1º C. – suspirei pesando notando que papai estava preocupado comigo.

— Soo Ji ira agora mesmo, . – papai tentava me manter calma, embora me preocupa-se ainda mais em saber que fazia isso com ele e justo quando esta tão longe.

— Ok, pai. – disse antes de desligar.

— Que língua é essa? De Alien? – quis saber alguém.

Levantei a cabeça olhando para quem estava ali.

— É um idioma que você jamais será capaz de compreender e muitos menos aprender uma silaba. – a encarei ao me levantar.

— Eu não tenho o menor interesse em aprender algo tão estranho como isso. – disse Ginger e suas clones riram.

— Para alguém tão esforçada a aprender seu próprio idioma não deixa de ser tão você. – a encarei e dei alguns passos para saída.

— O que? – disse ela confusa e incrédula — O que você disse estrangeira?

A ignorei sem a mínima vontade de perder meu tempo explicando ou discutido qualquer assunto que fosse com alguém que tem apenas um neurônio.

Os corredores estavam bem agitados algo deveria esta acontecendo os alunos corriam na mesma direção praticamente me levando junto.

— Lee Min Ha. – pensei no garoto e no que ele deveria esta passando agora.

Como todos podem ser tão estúpidos a esse ponto?

— Lee Min Há vai pular do telhado! – gritou um garoto.

Arregalei os olhos assustado com a que ponto essas ''brincadeiras'' horrível chegou.

Apressei meus passos quase correndo para as escadas ainda sentindo meu peito doer e minha respiração falha deixando-me cansada, mas não desistiria, dessa vez não fecharia meus olhos e fingiria que nada anormal estava acontecendo.

— Vai pula! – gritou um estudante rindo.

''Meu Deus! Como pode?" — pensei assustada.

Parei vendo Lee Min Ha todo machucado preste a pular do telhado. Tentava recuperar minhas força e aguentar a dor que parecia esta preste a me matar de tão forte e ao mesmo tempo ouvia o que aquele rapaz de mente perdida dizia.

— É isso que vocês querem? Eu farei, por que não aguento mais esse inferno... – dizia ele.

— Ei, espere. – pedi o interrompendo — O que pensa que esta preste a fazer?

Lee Min Ha me olhou espantado.

— Eu vou pular.

— Você é idiota? – o encarei tentando ainda me recuperar, pelo menos a respiração.

— O quê? – ele me encarou insultado.

— Isso mesmo, você é idiota? – mantive meus olhos nele — Como pode fazer algo tão estupido quanto isso?

— O que? – Lee Min Ha me encarou confuso — Me deixe morrer, farei o que eles querem.

Os estudantes que estavam ali apenas incentivavam o garoto tolo a pular e isso deixava-me ainda mais chocada.

— Notou a altura? – disse chamado sua atenção novamente — Provavelmente você quebraram todos os ossos do seu corpo e ainda sim não morrerá, ficará no chão sentindo a dor da morte e coberto por sangue, mas ela não vira.

Lee Min Ha me olhava assustado.

— Você é louca?! – disse ele me encarando assim como fazia os estudantes ali.

— Não sou que estou ai. – olhei para seus pés na ponta do para peito.

— Pula logo! – gritou um garoto próximo a mim.

— Cala sua boca! – gritei desviando meu olhar.

— Farei isso. – disse Lee Min Ha me fazendo olha-lo de imediato.

Seu rosto dizia-me que não faria tal ato estupido mais seus pés fora mais rápidos fazendo-me correr para tentar segura-lo.

— Aguente firme, Lee Min Há. – pedi o segurando pela blusa — Vão ficar olhando seu bando de idiotas!

Nunca havia estado tão furiosa quanto naquele momento.

Dois garotos me ajudaram a puxa-lo antes que sua blusa rompesse com o peso ou eu desmaiasse sem força.

— Por favor, nunca mais faça isso. – pedi cansada ao senta no chão ao lado dele — Peça transferência da escola é mais simples e sua vida vale muito.

Ele me olhou por alguns instantes.

— Obrigado.

— Apenas... Não faça mais... – pedi sentindo uma dor terrível no peito me fazendo gritar de dor o assustando.

— Você esta bem? – quis saber ele preocupado tentando me ajudar sem saber o que devia fazer.

! ! – ouvi a voz de Soo Ji grita por mim.

— Aqui! – quase não consegui responder.

A vi abrir passagem entre os estudantes que nos olhavam assustados e confusos.

— Oh, meu Deus! – exclamou ela ao me ver — É 10?

Esse era nosso código para que ela pudesse ter uma ideia do que eu sentia se era muito ou tolerável.

— 15. – levei a mão ao peito de tanta dor.

— Joo Hwan me ajude aqui. – pediu ela a um de seus seguranças.

Joo Hwan me pegou nos braços.

— Lee Min Ha... – o chamei.

— Sim? – ele se aproximou preocupado.

— Vamos... Você precisa de um medico. – pedi.

— Vamos. – disse Soo Ji — Precisamos ir rápido.

— Soo Ji, não deixe esse teimoso aqui o leve junto... Com segurança. – pedi olhando para ela enquanto era levada por Joo Hwan e seguida por eles — O mantenha em segurança, nem que pra isso tenha que o amara-lo.

Mesmo sem saber ou entender meus motivos Soo Ji deu-me sua palavra de que manteria Lee Min Ha seguro. Ele por sim apenas me seguia, mesmo cheio de machucados e mal conseguindo andar direito ainda sim não saia do meu lado.

Minha preocupação não era meu coração, por que com relação a ele eu conhecia seus pontos fracos e sabia como acalma-lo era acostumada aquela rotina embora fosse algum ruim eu convivia com isso desse os meus 7 anos. Min Ha prometeu que não retornaria a Shinhwa, como o mesmo disse ''nem se fosse obrigado'', ele explicaria aos seus pais os motivos para não retornar — esses que não serão os verdadeiros — e seguiria com sua vida grato por ter o salvado de cometer, assim dito por ele, o maior erro de sua vida. Eu não fechei meus olhos para o que havia ao meu redor e sem perceber deixei de ser um fantasma em Shinhwa chamando a atenção de todos para mim e infelizmente mostrando ao F4 minha existência.

 

 

Continuar...